Seca e assoreamento no Rio Amazonas e seus impactos na navegação
A região amazônica tem como característica natural do ciclo hidrológico períodos de chuva e seca. A seca costuma acontecer entre os meses de setembro e dezembro. Durante esse período, as águas recuam, expondo vastas áreas de terra.
Além desse processo, os rios que compõem a bacia amazônica também transportam enormes quantidades de sedimentos que vão sendo depositados no Rio Amazonas, criando bolsões de sedimentação.
Seca
O ciclo de chuvas na região, desempenha um papel vital na regulação do ecossistema amazônico. O aumento das temperaturas globais tem influenciado esse ciclo, levando a variações nas precipitações e períodos de seca mais intensos, no ano de 2023 tivemos a pior seca dos últimos 10 anos.
Essas mudanças têm implicações diretas na navegabilidade da bacia amazônica.
Assoreamento
Assoreamento é o processo pelo qual os rios acumulam sedimentos e materiais sólidos no seu fundo, desta forma o deixando mais raso, este é um fenômeno que impacta tanto o meio ambiente quanto a infraestrutura de transporte aquaviário. Em 2023, a crescente erosão contribuiu para o aumento do assoriamento do Rio Madeira, o que dificultou navegação.
Com a união desses dois fenômenos, a seca e o assoreamento, a situação na região se agravou. Ainda estamos avaliando o impacto desse fenômeno para a seca de 2024 e você pode acompanhar o nível do rio no gráfico abaixo.
Solução integrada para o período crítico
Em 2024, nossa principal alternativa de transporte será via o píer provisório em Itacoatiara. Localizado antes da zona de assoreamento da Enseada do Madeira (como indicado no mapa), que nos permitirá transbordar as cargas do navio para balsa ou da balsa para navio com destino e origem Manaus. Parte do transbordo das unidades também será realizado em Vila do Conde.
Esta nova solução contará com um custo fixo, que poderá acrescentar de 4 a 14 dias ao tempo de trânsito padrão da rota. Este custo englobará também o seguro da carga, o transbordo, a armazenagem nos portos de transbordo e o pier provisório.
A taxa fixa única será aplicada em todos os CT-es* com destino e origem Manaus a partir do dia 1º de setembro de 2024 até o término da restrição. Confira abaixo os valores:
*Reforçamos que o valor da sobretaxa aplicada nas cobranças é sempre o valor vigente no dia da emissão do CT-e para as cargas com coleta Aliança e dia do deadline do navio para cargas Porto.
**Para cargas congeladas consulte seu representante comercial para mais informações sobre limitacao de energia e condições para o transporte.
Fonte de informações
A Aliança, acompanha de perto e regularmente as informações sobre cheias e vazantes dos rios na região do Amazonas, com base nas informações registradas pelas réguas da Agência Nacional de Águas (ANA), na constante análise da evolução da vazante na região e por sondagens realizadas por nossos navios. Além disso, acompanhamos todas as portarias da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.
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Acompanhamos diariamente as informações sobre cheias e vazantes dos rios da região do Amazonas. Com base nas informações registradas pelas réguas da Agência Nacional de Águas (ANA) e na constante análise da evolução da vazante na região Amazônica, identificamos que não há registro de aumento no Rio Negro desde 16 de junho de 2024 e, desde então, o Rio diminuiu 4,29 metros e está hoje 2,60 metros abaixo, em comparação com a mesma data em 2023. Isso confirma que ocorrerrá restrição no calado dos navios a partir de 1º de setembro. Antecipando o início da seca em 2 semanas, em relação ao ano passado.
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